segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Tirinhas de ovulação (2)

Na semana passada eu recebi um comentário num post antigo que falava sobre ciclo anovulatório:
"Olá amei o post tbm e tenho uma duvida , então se o ciclo for sem a ovulação o teste não dará de jeito nenhum positivo é isso , pois tenho somp e comecei a comprar de dúzias esses testes para fazer todo dia"

Respondendo:
O que acontece é que a tirinha que compramos para verificar a ovulação mede a quantidade de LH (hormônio luteinizante) que temos no corpo.
Ele é responsável pela maturação dos folículos que produzimos nos ovários e que mais tarde se tornarão óvulos. (explicação bem grosseira, mas é por aí)
Sempre temos um pouco deste hormônio agindo no nosso organismo, portanto a tirinha nunca ficará só com a linha de teste, diferentemente dos testes de gravidez negativos, onde a segunda linha só aparece quando estamos realmente grávidas.
Vocês sabiam que um teste de LH só é positivo quando a linha de teste fica do mesmo tom que a linha controle???

Testes de LH.

Achei esta foto perdida no meu telefone e nem sei de que ano é. Provavelmente 2012...
Vejam que no dia 23 a linha estava fraca, dia 24 ela escureceu um pouco e dia 25 estava ainda mais fraca que no dia 23.
Neste ciclo eu NÃO CONSEGUI PEGAR O MEU PICO DE LH, mas provavelmente ovulei entre o dia 23 e o dia 24!
É por isso que às vezes nos confundimos um pouco.
Muitas meninas nunca conseguiram pegar o pico de LH, mesmo fazendo testes todos os dias.
Algumas mulheres tem o costume de fazer três testes por dia pra tentar ver a segunda linha bem escura, pois só assim temos a garantia real da ovulação.
Como os testes não são baratos aqui no Brasil, é super comum importar os testes pela Amazon ou encontrar algumas meninas na internet que viajam e trazem pra vender. Não vou indicar ninguém porque nunca comprei assim...

Beijos,

Lully's

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Juntando os cacos

Foi um pouco doloroso, mas tinha que ser feito!

No início de janeiro, minha madrinha de casamento Raquel foi com a família pra Orlando para visitar nossa amiga Dianne, que também é minha madrinha e mora nos Estados Unidos e passear pelos parques da Disney.
Fiz um milhão de compras na Carters, Amazon, Babies R Us, Old Navy, Motherhood e Drugstore. Coisas que eu e a Alice precisaríamos desde a minha gravidez até o primeiro aninho dela.
(Resultado: elas quase me mataram porque as minhas coisas simplesmente não couberam na mala que eu dei e muitas coisas acabaram ainda ficando por lá E EU SOU MUITO GRATA POR ELAS TEREM FEITO O MELHOR POSSÍVEL PRA MINHA PRINCESA TER TUDO DE MELHOR! Obrigada, dindas, vocês são demais! <3)

Agora, com tudo isso que aconteceu, eu precisava dar um jeito em todas as roupas, babadores, cueiros, cremes para assaduras e mamadeiras.
Respirei fundo e consegui organizar tudo por tamanho em sacos plásticos que depois coloquei dentro da cômoda do quarto dela (sim, temos o quarto todo pronto com cômoda e berço).
 
Muita coisa linda e gostosa!

O meu maior medo é que as roupinhas fiquem amareladas se guardadas por muito tempo...
Obviamente eu adoraria usá-las muito em breve quando a irmãzinha da Alice chegar, mas nunca se sabe, né? Se ela tiver um irmãozinho, muitas coisas podem ser usadas também porque são de cores neutras.
Até pensei em vender tudo, afinal são de boas marcas e a qualidade de tudo é muito boa, mas fiquei com dó e tenho certeza que minhas amigas não fariam a mesma loucura por mim duas vezes (hehehe)...

Agora é esperar...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Leite!?

Sim.
Leite.

Eu sempre costumo dizer que "nada é tão ruim que não possa piorar" e estes últimos dias tem sido a prova disso...
Como se já não bastasse a dor psicológica da enorme perda que eu tive e a dor física do meu corpo (principalmente o útero) voltando ao normal, há uns 3 dias eu sofro desesperadamente com os meus seios.

Velhona do rock.
De uma hora para outra, quando fui tomar banho, percebi que meus seios estavam simplesmente GIGANTES e que tinham duas PEDRAS (literalmente) dentro dos meus seios...
Mal podia encostar para ensaboar e parecia que iam cair, tamanha dor.
Me senti a própria Madonna com as suas estalactites dançantes.
(sim, estou tentando não perder o senso de humor)

Tentei deitar e dormir, mas não pude aguentar e mandei um torpedo pro meu médico perguntando PELO AMOR DE DEUS O QUE EU PODERIA FAZER PARA PASSAR AQUELA DOR HORROROSA e pra minha sorte ele respondeu em menos de 5 minutos (isso já eram mais de 11 horas da noite): "Luciana, toma Cabergolina ou Dostinex. É dose única. Não lembro se a apresentação atual é com um ou dois comprimidos. Restringe bastante os líquidos por 48h e usa um sutiã bem apertado. Isso deve resolver. Para dor, toma um Bi Profenid ou Paracetamol 1000mg. Se tiver febre acima de 30º me avisa. Abraço."

O Diego saiu correndo de casa e passou por 3 farmácias pra encontrar o tal Dostinex com 2 comprimidos pela bagatela de R$86,00. Nas duas farmácias anteriores ele só encontrou com 8 comprimidos e custava quase 300 reais.

Já se passaram mais de 48h e eu continuo com dor e com o leite empedrado.
Conversei com muitas mães que já desmamaram os bebês e todas me disseram pra ir pro banho morno e tentar desfazer as pedras e tirar um pouco de leite, mas o meu médico foi bem direto ao dizer que seria muito pior e que isso aumentaria ainda mais a produção, pois meu corpo entenderia que estou amamentando e preciso de mais leite pra alimentar o bebê.
Resolvi aguentar e vamos ver até onde isso vai me levar...

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Adeus, Alice!

É com muita tristeza no coração que compartilho com vocês a notícia de que me despedi da minha princesinha Alice há uma semana...
Na terça-feira da semana passada a minha pequena nasceu, com 20 semanas e 4 dias, de parto normal, às 22:07h, pesando 373g, sem vida...


No dia 29/01, por volta de meio-dia (pouco tempo depois de ter recebido o berço e a cômoda que comprei pro quartinho dela), comecei a sentir cólicas muito fortes e ritmadas, com espaço de tempo curto entre elas. Pensei: "que coisa estranha, até parece que estou tendo contrações."
Falei com a minha amiga Ângela (que está quase ganhando o Caetano) e ela disse que nunca havia sentido isso e me aconselhou a ligar pro médico.
Expliquei pro Dr. André o que estava acontecendo e ele me mandou ir para o hospital e que em seguida iria pra lá me encontrar.
Assustada, liguei pro marido e fui direto pra emergência.
Como moro longe, fui de carro, dirigindo e sozinha. No caminho, senti cerca de 10 vezes a cólica que estava sentindo antes e que mais tarde ficaria sabendo que eram mesmo contrações de parto.
O Diego chegou bem em tempo de ouvir todas as explicações da médica de plantão.
Ela disse, quase chorando, que infelizmente não havia muito a ser feito para tentar salvar a minha filha, já que as contrações estavam muito fortes e que já estava com 1cm de dilatação no colo do útero. A única coisa que poderiam fazer por mim era me dar uma medicação para diminuir as contrações e me deixar em repouso absoluto para tentar segurar ela dentro de mim por mais algumas semanas, quando poderia tomar algumas injeções que ajudariam a amadurecer os pulmões e tentar fazer com que ela sobrevivesse na incubadora por alguns meses.

Sabe quando tu simplesmente não acredita no que está escutando e acha que à qualquer momento vai acordar de um pesadelo? Foi pior!

Fiquei durante 7 dias deitada, praticamente de cabeça pra baixo e com as pernas bem altas. Já não sentia mais as minhas costas, não tinha posição pra dormir, mal podia me erguer pra comer e banho só na cama.
Eu não me importaria de fazer isso durante um ano inteiro pra que a minha Alice ficasse bem e nascesse no tempo certo e com saúde, mas as minhas chances de ter ela comigo eram mínimas.
Cada dia acontecia uma coisa diferente: a contração voltava, os remédios me faziam mal, começavam os sangramentos,... Era uma tortura que parecia não ter fim, até que no dia 03/02 o meu médico levou um colega até o hospital para conversarmos sobre uma possível cerclagem (uma costura no colo do útero para tentar deixá-lo fechado).
O Dr. Lucas foi muito atencioso e esclarecedor. Muito objetivo, ele explicou que seria impossível realizar o procedimento porque a minha bolsa já estava praticamente no canal vaginal e sendo um ambiente muito propício à infecções, ele disse que a minha vida correria riscos também. Inclusive deu uma moça que faleceu como exemplo.
Como eu e o Diego ficamos um pouco sem reação, eles saíram do quarto e nos deixaram sozinhos por alguns minutos para tentar colocar a cabeça no lugar.
Ficamos muito assustados, tristes, choramos muito e obviamente decidimos por não continuar tentando.

O Dr. André retirou a prescrição do Adalat (que é o medicamento para interromper o trabalho de parto) e ficamos aguardando o pior começar.
No dia seguinte, dia 04, levantei para ir ao banheiro fazer xixi (neste momento já não adiantava de nada ficar deitada na cama) e senti que alguma coisa parecia estar saindo de mim. Mas logo que voltei pra cama a sensação parou.
Algumas horas mais tarde, também ao ir no banheiro, senti aquilo descendo de novo e quando levantei já tinha toda a bolsa pendurada em mim, toda do lado de fora do corpo.
Dei um grito de susto e o Diego já chamou as enfermeiras.
Meu médico chegou no hospital em menos de meia hora, mas resolveu esperar um pouco mais para ver se estourava sozinha.
Com a bolsa me 'apertando', estava sentindo um incômodo horrível e vontade de fazer xixi. Mesmo dizendo que tinha acabado de voltar do banheiro e provavelmente era só a pressão que estava me incomodando, resolveram me sondar e me machucaram mais ainda...
Por volta de 18 ou 18:30h eles romperam a bolsa e começaram a me dar ocitocina pra acelerar as contrações.
Até umas 19h e pouco eu estava aguentando bem, mas depois disso ficou muito difícil...
Eu não aguentava as dores e suplicava por analgésicos, mas já tinham me dado tudo o que era possível.
Umas 21h e pouco o médico voltou no quarto e disse pra eu tentar aguentar um pouco mais, mas disse que já estava no meu limite e que estava começando a sentir vontade de evacuar. De um segundo pro outro eles começaram a correr e já foram me levando pra sala de parto dizendo uns pros outros: "Vai nascer, vai nascer!!!"
(depois eu fiquei sabendo que um dos últimos sintomas de que o bebê está 'coroando' e pronto pra nascer é a vontade de evacuar)
Cerca de 15 minutos depois e três empurradas ela nasceu.
Graças à Deus o médico conseguiu puxar toda a placenta pelo cordão umbilical e não precisei passar pela minha quarta curetagem, razão pela qual tudo pode ter dado errado agora, com a fragilidade do meu útero depois de tantas cirurgias (incompetência istmo cervical - IIC)

O Diego foi vê-la depois, mas eu pedi mais de uma vez pra não me mostrarem. Eu sei que não ia conseguir conviver com o rostinho dela na minha cabeça todos os dias. Sei que ia ficar muito mais triste do que já estou e não ia suportar...
Ele me disse que ela tinha o rostinho muito parecido com o meu e tava inchadinha como se tivesse acabado de acordar. Disse até que eu tinha razão e que o segundo dedo do pezinho dela era maior que o dedão. Ia mandar em todo mundo aqui em casa... (de certa forma ela manda, pois quase tudo aqui foi feito pra ela e as coisinhas dela estão espalhadas por toda parte!)

E foi assim que o nosso sonho acabou mais uma vez. Há uma semana atrás...