sexta-feira, 31 de maio de 2013

QUANTO TEMPO VAI DEMORAR?

É difícil dizer quanto tempo demora para alguém engravidar.
Alguns fatores importantes (uns mais, outros menos) influenciam nesta contagem regressiva para a gravidez, mas não existe calculadora para o corpo humano.

“Em condições normais, um casal fértil tem entre 20 e 30 por cento de chance de conceber uma criança a cada ciclo menstrual. Cerca de 85 por cento dos casais em geral consegue engravidar dentro de um ano mantendo relações sexuais freqüentes, sem proteção. Metade do restante consegue a gravidez se continuar tentando por mais um ano. “ (Fonte)

Ou seja, algumas mulheres conseguem engravidar no primeiro mês depois que para de se proteger e outras podem demorar 24 meses para conseguir. Algumas muito mais que isso.
Para os especialistas, uma mulher só deve ser investigada após 1 ano inteiro de tentativas mal sucedidas.
(Até não acho tão absurdo já que as que engravidam e tem problemas só são investigadas após o 3º aborto.)

Na minha opinião (não sou expert) os principais fatores são a idade do casal e a freqüência com que eles mantém relações.
Outras coisas são igualmente importantes como histórico familiar e hábitos como alimentação, rotina de exercícios e blá blá blá, mas ainda acredito que a chave de tudo está no sexo.

Aí vocês vão me dizer: “Mas se eu quero engravidar, é óbvio que eu tenho relações com freqüência e não pode ser este o motivo de eu não conseguir.”

Ok, ok, calma lá!
Simplesmente fazer sexo não te ajuda em nada quando se quer ficar grávida, amiga!
É preciso fazer nos dias certos.
Para saber quais são os dias certos é preciso antes de mais nada CONHECER O SEU CORPO!

“É tentador achar que, sabendo exatamente o dia da ovulação, vai dar para engravidar mais rápido. Os especialistas em fertilidade, porém, não são muito favoráveis a que as mulheres acompanhem cada detalhe do ciclo menstrual, com técnicas para detectar a ovulação (existem até testes de farmácia) para acelerar o processo, se elas não apresentarem nenhum problema a priori. Essa estratégia causa muito estresse e expectativa, e acaba com a naturalidade do relacionamento, já que é preciso sincronizar a vida sexual com os dias férteis.” (Fonte)

Já usei muito, e ainda uso, os testes de ovulação de farmácia. Infelizmente são muito caros no Brasil e machuca o bolso, já que precisamos usar uma tirinha por dia. Algumas meninas usam duas ou até três tirinhas por dia, para ter certeza da ovulação e tentar conhecer melhor o seu próprio corpo.
É possível, também, encontrar pela internet algumas “calculadoras de ovulação” para que fique mais fácil pra mulher contar os dias e fazer a tal tabelinha, mas não acho que seja a melhor idéia.

Beijos férteis e positivos,

Lully's

terça-feira, 28 de maio de 2013

Primeiros passos...

Decidir que quer ter um filho é uma decisão muito importante à ser tomada. Tanto pela mulher, quanto pelo marido. Afinal de contas, nada disso é feito sozinho...
Muitas vezes a magnitude da decisão faz com que a mulher esqueça de muitas precauções e cuidados que devem ser tomados antes mesmo de começarem as tentativas.

O ácido fólico é a vitamina mais importante na vida de uma "tentante", pois o corpo produz uma quantidade menor do que a mínima necessária para o perfeito desenvolvimento do tubo neural do bebê.
Diariamente a mulher precisa complementar essa dose faltante com comprimidos da vitamina que são fornecidos gratuitamente nos postos de saúde ou podem ser comprados em qualquer farmácia, sem receita médica e por um preço bem razoável.
(Razoável pras mulheres que demoram um tempo razoável para engravidarem, né? Eu praticamente fali o meu marido só comprando ácido fólico... Desde 2010! hahaha)
O ideal é que ele seja iniciado pelo menos um mês antes de começarem os 'treinos'.
Ao escolher os comprimidos, dê preferência ao que são unicamente ácido fólico, pois os alguns complexos vitamínicos podem aumentar a dosagem de algumas outras substâncias que não são tão necessárias e podem ser até prejudiciais para o comecinho da gestação, como por exemplo a Vitamina A.

Outro fator que pode prejudicar um pouco no início da gravidez é a incapacidade de absorver ferro, causada pelo excesso de café que a mulher ingere.

Aquele simpático e inofensivo cafezinho de todo dia, pode ser na verdade um vilão com carinha de anjo nestes casos.
Além do café, a cafeína também pode ser encontrada em muitos chás, refrigerantes e no famoso chimarrão que a gauchada tanto ama.
Não estamos falando que é preciso extinguir isso da nossa vida, de maneira nenhuma. Mas tentar dar uma diminuída pode ajudar muito no processo de preparação para a maratona qe se inicia.

Obviamente que hábitos saudáveis também contam e muito na hora de 'preparar o terreno', então é bom não estar acima do peso, não beber álcool em excesso, diminuir a junk food e tentar se alimentar um pouco melhor e fazer exercícios regularmente.

Um outro ponto muito importante e que poucas pessoas comentam: "CUIDE DA SUA BOCA!"
Ir ao dentista e fazer uma revisão nos dentes e gengiva é um dos passos mais importantes para quem está tentando engravidar. Ainda mais para quem habitualmente tem gengivite, sensibilidade ou machuca a boca ao passar fio dental.
A boca é suscetível à milhares de doenças e pequenas infecções que podem prejudicar e muito a gestação.
Além disso, a mulher grávida não pode tomar a maioria dos remédios e muito menos receber anestesia pra qualquer tipo de tratamento que precise fazer no dentista.
Melhor prevenir do que remediar: Vá ao dentista!

Essas são algumas das precauções que a mulher precisa tomar antes mesmo de começar a tentar engravidar.

Boa sorte!

Beijos férteis e positivos,

Lully's

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Órfã de médico

Então...
Como eu achei que poderia ficar muito texto pra pouco post, deixei de fora da última postagem um detalhe um pouco importante.

Depois da cirurgia, alguns dias de repouso e MUITAS novas perguntas para serem feitas é sempre hora de retornar ao médico para ver se está tudo bem.
Estava ansiosa por isso, já que iria viajar dentro de alguns dias para ficar quase um mês fora da cidade.
Após vááááárias ligações e tentativas de marcar a reconsulta, enfim consegui um horário (uns 20 dias depois da curetagem) e fui até à clínica.
Chegando lá, fiz meu 'check in' habitual via Unimed e peguei uma revista na sala de espera enquanto não era chamada.
Para minha surpresa, o médico veio na minha direção e sentou do meu lado. Perguntou como estavam os preparativos da viagem, quantos dias ficaríamos fora, para quais cidades eu iria e saiu logo em seguida. Meio esquisito, mas foi assim.
Uns 10 minutos depois, a secretária me chamou pra esperar por ele na sala de atendimento, já que ele estava em outra sala fazendo ecografia em outra paciente.
Aguardei uns minutos sozinha e ele já entrou e fechou a porta.
Olhei pra ele sorrindo e dizendo: "Demorou pra eu conseguir uma horinha, hein?"
Ele sorriu de volta e já começou a falar, antes que eu fizesse mais algum comentário...
Disse que estava feliz por eu estar bem e com os meus níveis de betaHCG baixando, já que estas informações eu passei por e-mail mesmo porque ele não "conseguia horário" pra mim.
Falou também que eu poderia viajar bem tranquila e que as férias seriam muito boas para o meu corpo e pra minha cabeça.
Disse que eu merecia um descanso e disse que no meu retorno me encaminharia para outra médica, da clínica mesmo, pois não tinha mais condições de me atender.

O QUE???
COMO ASSIM?????

Comecei a rir da cara dele e perguntar onde estava a câmera escondida da pegadinha do Mallandro, mas ele não deu muita bola e seguiu dizendo que tinha se "envolvido emocionalmente" comigo e com meu marido e que por isso poderia deixar de nos dar um atendimento impessoal, o que poderia nos prejudicar ainda mais.
Parei de rir e comecei a chorar.
Chorar desesperadamente.
Falei que não podia acreditar que ele estava fazendo isso comigo e me abandonando depois de tudo que contei, passei, sofri e tudo mais.

Perder um médico pra mim só iria acontecer se ele morresse ou se aposentasse. Nunca tinha ouvido falar disso na minha vida: ABANDONO MEDICAL!
Mesmo que eu fosse uma 'doente normal', já ia ficar louca de perder um médico. Mas não. Não sou 'normal', sou TOTALMENTE ANORMAL, poxa!
Quem acompanha o blog, o twitter e a página no Facebook sabe o quanto eu fiquei feliz e empolgada quando encontrei essa clínica e o quanto eu gostei do médico porque ele era jovem, humano, usava uma linguagem tranquila e não era seco como tantos outros que já conheci por aí... Foi um choque!

Chorei durante uns dois dias pensando em como seria agradável procurar outro médico, contar minha história, esperar ele (ou ela) escrever e descrever meus QUATRO abortos um por um para ver que eles não tem relação nenhuma um com o outro e depois me dizer que vamos tentar investigar para que não aconteça de novo e blá, blá, blá, sabe?
No terceiro dia eu já não estava mais triste: TAVA PUTA DA CARA!
No quarto e quinto dia já se aprofundaram mais as correrias no trabalho pra poder viajar e do sexto dia em diante liguei o botão FO**-SE...

Agora me digam: vocês já viram uma coisa dessas?

Beijos férteis e positivos,

Lully's

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A 4ª curetagem...

A cada grande problema que me aparece eu acho que posso resolver tirando férias e viajando. Então é isso que eu faço!
Fico me perguntando quantos ainda virão pela frente pra saber se o 'pé de meia' vai conseguir pagar...

Barcelona - Espanha
Minha última viagem foi MARAVILHOSA (toda viagem é boa na minha opinião) e muitos novos lugares me ajudaram a desligar um pouco desse tormento que tem sido a minha vida de médicos, exames e hospitais.
Muitos usam o "Tudo que é bom dura pouco" mas eu sou mais adepta do "Tudo que é bom dura o tempo suficiente pra tornar inesquecível" e é assim que eu sobrevivo!

Deixando o assunto viagem de lado (isso é papo pra outro blog!), vamos ao que interessa.

Muita (muita mesmo) coisa aconteceu desde o último post, mas relatarei brevemente pois JÁ É PASSADO.
Após esperar mais um pouco para termos certeza de que estava tudo errado de fato, meu médico resolveu marcar o hospital para realizar a curetagem.
Numa sexta-feira à noite, acompanhada dos meus fiéis amigos e companheiros Diego e Daniele (Luciano um pouco mais tarde resolveu se juntar à trupe) fui para o Hospital Moinhos de Vento, aqui em Porto Alegre, para o procedimento.
Meu médico (gineco-obstetra), acompanhado de um colega especialista em gestações ectópicas, me explicou tudo o que iria acontecer diante das possibilidades, pois naquele momento ainda não se tinha certeza de nada. Podiam encontrar pela frente 3 possibilidades: gestação tópica normal que parou de se desenvolver, gestação ectópica localizada da trompa direita (a única que me restou) ou ainda a tal doença trofoblástica gestacional (ou mola hidatiforme, como queiram).

A explicação do médico para todas estas dúvidas é que a dosagem do betaHCG no meu sangue estava muito anormal e não se encaixava com o que os exames de imagem e não davam certeza do diagnóstico.

Na pior das hipóteses, que seria a ectópica, eles fariam a videolaparoscopia com a mesma anestesia da curetagem e fariam a retirada da trompa, da mesma forma como aconteceu no ano passado. Mas só poderiam ter certeza disso durante a cirurgia, ou seja, eu só saberia se continuaria metade funcionando depois que acordasse da anestesia.

Graças à Deus correu tudo bem, era uma gestação tópica mesmo e só precisou ser feita a curetagem para solucionar tudo.
Lembro que saí tão chapada da sala de cirurgia que fazia toda força que era capaz para falar e ficar acordada, tentando descobrir o que tinha acontecido comigo. Meu cérebro funcionava perfeitamente mas meus músculos não acompanhavam o meu raciocínio. Inacreditável! Fiquei até assustada...

Depois de recuperada e algum tempo depois, fiz 3 ou 4 exames de sangue para ver se o hormônio já estava zerado novamente, mas o último que fiz, 2 dias antes de viajar, ainda deu 2,4mUI/L.
Como este resultado já era suficiente para descartar a mola com absoluta certeza, fui para minha trip feliz da vida, aproveitar para descansar a minha cabeça de todo esse terremoto louco.

Beijos férteis e positivos,

Lully's